domingo, 14 de outubro de 2007

"O Carteiro de Pablo Neruda", António Skarmeta


Caros colegas,

Estão todos convidados para assistir ao próximo espectáculo do Seiva Trupe, "O Carteiro de Pablo Neruda", com Jorge Botelho e Marco Ferraz no elenco em representação de todos os outros "Bocas".

De 25 (28) de Outubro a 30 de Novembro 2007
Teatro do Campo Alegre
T. 22 600 10 00/2


O CARTEIRO DE PABLO NERUDA

“Mário (O Carteiro) – Poça, como eu gostava de ser poeta!
Pablo Neruda – Homem! No Chile todos são poetas. É mais original que
continues a ser carteiro. Pelo menos andas muito e não
engordas.
Neruda voltou a pegar na maçaneta da porta, e dispunha-se a entrar quando Mario, fitando o voo de um pássaro invísivel, lhe disse:
- É que se fosse poeta poderia dizer o que quero.
- E o que é que queres dizer?
- Bem, esse é justamente o problema. Como não sou poeta, não sei dizê-lo”...

In O Carteiro de Pablo Neruda

O CARTEIRO DE PABLO NERUDA

Mário Jiménez vive com o pai na Ilha Negra onde o principal ofício é a pesca. Mário não quer ser pescador e aos 17 anos arranja trabalho como carteiro. Mas naquele lugar, não se lê nem se escreve e Mário tem um único cliente, Pablo Neruda. A amizade de Don Pablo e a sua poesia transformam a vida de Mário. Este jovem carteiro descobre o poder da metáfora e da poesia através do contacto e da amizade com o poeta.

No elenco estarão António Reis/ Miguel Rosas / Sara Barbosa / Sandra Ribeiro / Marco Ferraz / Jorge Botelho
Cenários de José Carlos Barros.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Porquê fazer teatro?

"... quero e posso mostrar ao público de gentes várias, os caminhos para a Justiça. Aqui, sobre as sujas tábuas deste palco (...) Amassando com as minhas mãos a mentira, a fealdade, a traição, o despudor... - que tudo isto sois e encarnais! - eu posso ensinar o Povo a conhecer o rosto autêntico da beleza, da verdade, da coragem, da virtude... Posso! Este teatro é, e tem de ser, para mim, para vós outros, como um sacramento: mal pisamos este estrado, logo de cada um de nós se descasca - seca, rugada, grossa e pestilenta - a crosta miserável das vidas que, lá fora, obrigados somos de viver! E renascemos belos e justos, bons e puros E damos a quantos nos vêem ver e escutar a beleza, a justiça, a castidade.... de que hão mister para bem viver. "

António José da Silva, em "O Judeu" de Bernardo Santareno